domingo, 5 de agosto de 2018

3D – O reencontro com o Cinema



3D – O reencontro com o Cinema

Por Samara Reis

O que você quer? Um bom filme ou um leão no seu colo? Essa foi a propaganda usada para divulgar um dos primeiros filmes em três dimensões, no ano de 1952. A história mostrava trabalhadores de uma companhia de estrada de ferro que eram atacados por leões. Isso mesmo, o cinema em 3D teve início em meados de 1910, mas ainda era preciso muitos ajustes, além das dificuldades técnicas de sincronia e, devido ao alto custo, enfim, a projeção em três dimensões não emplacou.

Para-Hélio,-o-cinema-3D,-trouxe-mudanças-para-Campo-MourãoDesde o ano passado, a nova tecnologia está ao alcance dos mourãoenses no Cinemaxs. O dono do Cinemaxs, Hélio Carbol Graça, conta que, com o lançamento da tecnologia em 3D, ficou interessado em obtê-la. “Mas o custo era extremamente alto e o que era vontade acabou se tornando um sonho, que, com o tempo, ficava mais acessível. Além disso, os 35mm estão ficando para trás, imagem e som não se comparam ao digital”, revela Hélio.

O 3D tem como objetivo fazer o espectador vivenciar uma experiência extraordinária. A técnica de projeção é extremamente precisa. É utilizada apenas uma máquina digital para projetar filmes 2D. “Basicamente, são duas câmeras filmando pontos distintos, o computador ajusta a imagem depois de filmadas, o que cria uma ilusão que são três dimensões,” explica Hélio.

Mudança de rotina

Os filmes em 3D também trouxeram mudanças para o Cinemaxs. A princípio, o empresário Hélio acreditou que o número de funcionários da casa seria suficiente para atender aos espectadores. “O primeiro filme que exibimos em 3D foi “Os Vingadores”, em abril de 2012, tivemos que contratar mais funcionários, principalmente com as sessões extras às 17 horas e à meia-noite. Com o tempo, fomos ajustando as coisas com mais profissionais, pois também temos que esterilizar os óculos a cada sessão.”

Novos espectadores

O cinema 3D também trouxe novos espectadores para a sala do cinema. Segundo Hélio, não somente os filmes de três dimensões são os responsáveis por novos clientes. “A máquina digital é muito melhor. Os filmes em 2D apresentam uma imagem e som de qualidade. Já tínhamos nossos clientes fiéis, agora aumentamos e esperamos mantê-los. Muitas pessoas iam para Maringá para ver a nova tecnologia. Hoje não precisam mais sair da cidade”, fala entusiasmado.

Clientes das cidades vizinhas fazem reservas de ingressos, é o caso de espectadores assíduos dos municípios de Araruna, Peabiru, Janiópolis, Mamborê, Goioerê, Fênix, Farol, Iretama. “No caso de Goioerê, temos ainda mais clientes do que nas outras cidades. Toda semana temos goioerenses ligando para reservar convites. [somente pessoas da região podem fazer reservas]” , relata.

Perspectivas para 2013

O Cinemaxs pretende investir ainda mais em conforto para os clientes. Entre as mudanças previstas para este ano, a substituição das poltronas. Mas são os lançamentos programados para 2013 que prometem tirar o fôlego e levar centenas de mourãoenses ao cinema: “João e Maria: Caçadores de Bruxas”, “Velozes e Furiosos 6”, “Homem de Ferro 3”, “Homem de Aço” (Superman), “Jogos Vorazes: Em Chamas”, “O Mestre”, “Cinquenta Tons de Cinza”, “Wolverine: O Imortal”, “Thor: O Mundo Sombrio”, “Meu Malvado Favorito 2”, “Se Beber Não Case Parte III”, “Hobbit: A Desolação de Smaug”, “Jurassic Park: Parque dos Dinossauros”. “Os Smurfs 2”, “Star Wars: Episódio 3”, “Atividade Paranormal 5”.

É justamente a emoção e a sensação de estar dentro da história que faz com que Ademar Salvadori assista filmes em 3D. “Acredito que, pela experiência que se tem, é algo totalmente diferente. A imersão é algo sensacional. Seja na TV ou no cinema, você tem a impressão, muitas vezes, de estar no mesmo ambiente. A tela parece ser apenas um vidro e que se você esticar seus braços, você pode segurar objetos”, narra.

Ademar também concorda que os filmes de desenhos privilegiam o efeito 3D. “As animações têm mais quedas, tiros, explosões. Tudo que torna a experiência mais excitante e que causa aquele efeito de ‘susto’, como se algo fosse atirado contra a tela e fosse atingir você”, explica.

Um dos motivos que também leva Ademar à sala de projeção do Cinemaxs é o filho Gabriel, de 7 anos. “Vou sempre que posso! Para ser sincero, não sou muito fã de filmes dublados, mas sempre que lança algo novo que me agrade, eu prestigio. Principalmente quando o filme é de animação, pois meu filho adora.”

Texto e imagens reproduzidos do site: metropolerevista.com.br

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