3D – O reencontro com o Cinema
Por Samara Reis
O que você quer? Um bom filme ou um leão no seu colo? Essa
foi a propaganda usada para divulgar um dos primeiros filmes em três dimensões,
no ano de 1952. A história mostrava trabalhadores de uma companhia de estrada
de ferro que eram atacados por leões. Isso mesmo, o cinema em 3D teve início em
meados de 1910, mas ainda era preciso muitos ajustes, além das dificuldades
técnicas de sincronia e, devido ao alto custo, enfim, a projeção em três
dimensões não emplacou.
Para-Hélio,-o-cinema-3D,-trouxe-mudanças-para-Campo-MourãoDesde
o ano passado, a nova tecnologia está ao alcance dos mourãoenses no Cinemaxs. O
dono do Cinemaxs, Hélio Carbol Graça, conta que, com o lançamento da tecnologia
em 3D, ficou interessado em obtê-la. “Mas o custo era extremamente alto e o que
era vontade acabou se tornando um sonho, que, com o tempo, ficava mais
acessível. Além disso, os 35mm estão ficando para trás, imagem e som não se
comparam ao digital”, revela Hélio.
O 3D tem como objetivo fazer o espectador vivenciar uma
experiência extraordinária. A técnica de projeção é extremamente precisa. É
utilizada apenas uma máquina digital para projetar filmes 2D. “Basicamente, são
duas câmeras filmando pontos distintos, o computador ajusta a imagem depois de
filmadas, o que cria uma ilusão que são três dimensões,” explica Hélio.
Mudança de rotina
Os filmes em 3D também trouxeram mudanças para o Cinemaxs. A
princípio, o empresário Hélio acreditou que o número de funcionários da casa
seria suficiente para atender aos espectadores. “O primeiro filme que exibimos
em 3D foi “Os Vingadores”, em abril de 2012, tivemos que contratar mais
funcionários, principalmente com as sessões extras às 17 horas e à meia-noite.
Com o tempo, fomos ajustando as coisas com mais profissionais, pois também
temos que esterilizar os óculos a cada sessão.”
Novos espectadores
O cinema 3D também trouxe novos espectadores para a sala do
cinema. Segundo Hélio, não somente os filmes de três dimensões são os
responsáveis por novos clientes. “A máquina digital é muito melhor. Os filmes
em 2D apresentam uma imagem e som de qualidade. Já tínhamos nossos clientes
fiéis, agora aumentamos e esperamos mantê-los. Muitas pessoas iam para Maringá
para ver a nova tecnologia. Hoje não precisam mais sair da cidade”, fala
entusiasmado.
Clientes das cidades vizinhas fazem reservas de ingressos, é
o caso de espectadores assíduos dos municípios de Araruna, Peabiru, Janiópolis,
Mamborê, Goioerê, Fênix, Farol, Iretama. “No caso de Goioerê, temos ainda mais
clientes do que nas outras cidades. Toda semana temos goioerenses ligando para
reservar convites. [somente pessoas da região podem fazer reservas]” , relata.
Perspectivas para 2013
O Cinemaxs pretende investir ainda mais em conforto para os
clientes. Entre as mudanças previstas para este ano, a substituição das
poltronas. Mas são os lançamentos programados para 2013 que prometem tirar o
fôlego e levar centenas de mourãoenses ao cinema: “João e Maria: Caçadores de
Bruxas”, “Velozes e Furiosos 6”, “Homem de Ferro 3”, “Homem de Aço” (Superman),
“Jogos Vorazes: Em Chamas”, “O Mestre”, “Cinquenta Tons de Cinza”, “Wolverine:
O Imortal”, “Thor: O Mundo Sombrio”, “Meu Malvado Favorito 2”, “Se Beber Não
Case Parte III”, “Hobbit: A Desolação de Smaug”, “Jurassic Park: Parque dos
Dinossauros”. “Os Smurfs 2”, “Star Wars: Episódio 3”, “Atividade Paranormal 5”.
É justamente a emoção e a sensação de estar dentro da
história que faz com que Ademar Salvadori assista filmes em 3D. “Acredito que,
pela experiência que se tem, é algo totalmente diferente. A imersão é algo
sensacional. Seja na TV ou no cinema, você tem a impressão, muitas vezes, de estar
no mesmo ambiente. A tela parece ser apenas um vidro e que se você esticar seus
braços, você pode segurar objetos”, narra.
Ademar também concorda que os filmes de desenhos privilegiam
o efeito 3D. “As animações têm mais quedas, tiros, explosões. Tudo que torna a
experiência mais excitante e que causa aquele efeito de ‘susto’, como se algo
fosse atirado contra a tela e fosse atingir você”, explica.
Um dos motivos que também leva Ademar à sala de projeção do
Cinemaxs é o filho Gabriel, de 7 anos. “Vou sempre que posso! Para ser sincero,
não sou muito fã de filmes dublados, mas sempre que lança algo novo que me
agrade, eu prestigio. Principalmente quando o filme é de animação, pois meu
filho adora.”
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