sábado, 20 de setembro de 2008

Sinal de Aviso no Fotograma


Quando a cabine de projeção ainda era composta de dois projetores, usava-se um recurso de aviso para o operador não errar na mudança de parte, tornando a troca de projetor imperceptível ao espectador. Eram sinais, espaçados por trinta segundos, feitos nos últimos fotogramas do final da parte (rolo) do filme de longa metragem (geralmente, um longa comercial tem duas horas -120 minutos - de projeção, sendo composto de seis a oito latas de filme, rolos ou partes), para avisar ao operador (projecionista) a hora exata de acionar o segundo projetor, para mudança da parte do filme, dando assim continuidade à projeção sem interrupção. Os sinais já vinham de laboratório, nos fotogramas do filme, colocados quando da confecção das cópias. Na revisão do filme o projecionista constatava que o laboratório não os tinha feito e providenciava, fazendo perfurações no canto direito do fotograma ou com a ponta de uma tesoura pequenas marcas em formas de “X”.

Armando Maynard

4 comentários:

Mila Cardozo disse...

Nossa... nunca imaginei... mas só assim mesmo pra coisa ficar perfeita... e contar que o projetista não tiraria uma soneca...
Beijos Mila

http://andandoeuvi.blogspot.com/ disse...

Oie... gostei do q escreveste... Acredita que tem uma dica lá no meu blog q acho q vc vai gostar...

Bjoks

André Setaro disse...

Colunista da Tribuna da Bahia, com coluna diária naqueles tempos dos dois projetores, costumava ir sempre às sessões das 22 horas, e ficava como uma espécie de 'fiscal' dos operadores, porque, nesta última sessão, sempre desligavam um dos projetores antes do término do carretel. Considerando que um filme de hora e meia ou pouco mais tinha entre cinco ou seis carretéis ou rolos, o corte, em cada um, de três minutos, por exemplo, vinha a ocasionar um corte geral de quinze ou mais minutos. Sem falar no corte abrupto na subida dos cortes finais. Os operadores (ou projecionistas) faziam isso porque precisavam sair antes da meia-noite para pegar o transporte para casa. Ciente dessa necessidade, achava, porém, que o exibidor é que seria o responsável pela locomoção de seus funcionários. E colocava na coluna os desmandos efetuados para a fúria geral dos projecionistas, que ficaram, por um tempo, em Salvador, como meus inimigos.

Carol Mendonça disse...

adoro seus comentários em meus textos.. você faz uma visão do que eu não imagino quando escrevo :)

beijos