Nos anos 70 comprei um projetor 16mm nacional, marca I.E.C, mas a bitola já não tinha filmes disponíveis para alugar, como nas décadas de 50 e 60. Nestas, os clubes sociais, as escolas, os centros recreativos, etc, tinham sessões semanais em 16mm. Geralmente com um projetor somente e havia a clássica parada para a troca de rolos. E como dava trabalho para projetar! O Instituto Goethe, na época, foi a minha salvação, pois conhecia o diretor de seu rico acervo em 16mm, e tomei emprestado vários filmes, que vinham numa maleta de ferro com um cinto de couro. Vi quase tudo do expressionismo alemão dos anos 10 e 20, assim como o Novo Cinema Alemão (Herzog, Fassbinder, Wenders, Schloendorff...). Passava em meu apartamento e ficava admirado de ter 'um cinema' em casa. A imagem em movimento, com o advento dos suportes novos, com a tecnologia avançada, fez com que a imagem se desvalorizasse, porque presente em todos lugares e antes restrita às salas de projeção. Para mim, a sala exibidora era uma espécie de igreja, com sua liturgia, seus ritos e seus segredos. Com o advento do VHS, e já sem filmes para ver, vendi o meu projetor por um preço de banana, mas me arrependi depois, pois serviria, hoje, como uma espécie de 'objet d'art'.
Obrigada pela visita lá no meu cantinho. Vamos torcer mesmo para que o Obama faça um imenso sucesso. Quanto ao projetor, ri um pouco só de imaginar como era naquele tempo. Beijocas
Possuo 2 projetores bell & howell e uma sala repleta de filmes em 16 mm. Assisto, mergulhado num mundo de saudades! São manhãs, tardes e noites mágicas que vão se perpetuando através dos tempos. Armando obrigado pela oportunidade.
7 comentários:
Cada vez mais eu fico admirado com os equipamentos que promoveram tamanha maravilha que é a sétima arte.
Nos anos 70 comprei um projetor 16mm nacional, marca I.E.C, mas a bitola já não tinha filmes disponíveis para alugar, como nas décadas de 50 e 60. Nestas, os clubes sociais, as escolas, os centros recreativos, etc, tinham sessões semanais em 16mm. Geralmente com um projetor somente e havia a clássica parada para a troca de rolos. E como dava trabalho para projetar! O Instituto Goethe, na época, foi a minha salvação, pois conhecia o diretor de seu rico acervo em 16mm, e tomei emprestado vários filmes, que vinham numa maleta de ferro com um cinto de couro. Vi quase tudo do expressionismo alemão dos anos 10 e 20, assim como o Novo Cinema Alemão (Herzog, Fassbinder, Wenders, Schloendorff...). Passava em meu apartamento e ficava admirado de ter 'um cinema' em casa. A imagem em movimento, com o advento dos suportes novos, com a tecnologia avançada, fez com que a imagem se desvalorizasse, porque presente em todos lugares e antes restrita às salas de projeção. Para mim, a sala exibidora era uma espécie de igreja, com sua liturgia, seus ritos e seus segredos. Com o advento do VHS, e já sem filmes para ver, vendi o meu projetor por um preço de banana, mas me arrependi depois, pois serviria, hoje, como uma espécie de 'objet d'art'.
Seu blog, esqueci de dizer, é muito curioso, muito interessante, resgata a memória das velhas sessões de cinema, além de educativo e didático.
Sempre nos informando sobre a sua paixão, mas ao poucos acaba por transformar em nossa paixão também.
Obrigado pelo apoio oa problema da ninha mãe ;)
Fique com Deus, Armando.
Um abraço.
Oi, Armando!
Primeiramente obrigada pela visita, adorei o comentário. Você está coberto de razão, acho que uma consulta nunca foi tão produtiva quanto aquela! rs
Dei uma passada em seus dois blogs e gostei. Um dia desses entrevistei um amante do cinema, vi que vc gosta bastante tbm! rs
Passarei por aqui mais vezes para aprender mais sobre o tema!
Beijos,
Gabi.
Obrigada pela visita lá no meu cantinho. Vamos torcer mesmo para que o Obama faça um imenso sucesso. Quanto ao projetor, ri um pouco só de imaginar como era naquele tempo. Beijocas
Possuo 2 projetores bell & howell e uma sala repleta de filmes em 16 mm. Assisto, mergulhado num mundo de saudades! São manhãs, tardes e noites mágicas que vão se perpetuando através dos tempos. Armando obrigado pela oportunidade.
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